segunda-feira, 19 de abril de 2010

Seguro erra na comunicação com cliente

Novo presidente da CNSeg vai promover estudos e pesquisas para descobrir as deficiências do setor.

Falta ou falha de comunicação, linguagem pouco adequada, vendas mal feitas. É muito provável que estes sejam os motivos para que o mercado de seguros seja tão pequeno no Brasil, na opinião do advogado Jorge Hilário Gouvêa Vieira.

Novo presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), Vieira assume nesta quinta-feira o comando da entidade tendo como uma de suas principais missões ajudar as seguradoras a convencer os brasileiros a fazer seguro.

Em entrevista ao Valor na sede de seu escritório no Centro do Rio, o Gouvêa Vieira Advogados, Vieira lembrou que, apesar do forte crescimento nos últimos 15 anos, e de estar beirando os R$ 100 bilhões em faturamento anual, o mercado segurador brasileiro representa apenas 3% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 6% no Chile e 10% nos Estados Unidos, por exemplo. "Quando há uma tragédia como as (recentes) inundações no Rio, vemos que, mesmo nas classes médias, as pessoas não estão cobertas por seguro", afirma. "Talvez porque seja caro, talvez porque seja mal vendido, a linguagem não seja adequada", pondera.

Vieira acha que parte da solução é institucional, por isso pretende promover "estudos e pesquisas" para descobrir quais são as reais deficiências do setor. Mas além disso, ele quer discutir uma revisão das novas regras de solvência implementadas em 2009 e as taxas de fiscalização cobradas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

"As atuais regras de solvência privilegiam as grandes seguradoras em relação às pequenas. É preciso estudar com as autoridades uma modificação das regras para que contemplem não apenas o capital patrimonial mas também a assunção de riscos por ramos", disse Vieira.

Sobre a criação de uma seguradora estatal para garantir as obras de infraestrutura do PAC, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada 2016, ideia aventada nos gabinetes do Palácio do Planalto para compensar uma suposta falta de capacidade do mercado local, Vieira é contrário.

Ele acha, como outros empresários e executivos do setor, que não faltará capacidade no mercado interno e externo para futuras obras de infraestrutura. Mas se o governo se preocupa com essa possibilidade, afirma, deveria deixar às empresas privadas a formação de um fundo de estabilidade para estas operações. "Se (o fundo) for administrado pelo governo, haverá um claro conflito de interesses porque o beneficiário é o próprio governo."

Criada em 2008 como herdeira da Fenaseg, a CNSeg representa 181 seguradoras, sendo 65 de seguros gerais, 81 de previdência e vida, 22 de saúde suplementar e 13 de capitalização. O novo presidente da CNSeg, assume o posto que, na prática, ficou os últimos 18 anos com o ex-presidente da Bamerindus Seguros, João Elíseo Ferraz Campos.

Aos 67 anos, advogado formado pela PUC/RJ com doutorado pela Universidade da Califórnia Berkeley, Jorge Hilário Gouvêa Vieira tem uma longa história com o mercado segurador e de capitais. Foi presidente do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e do IRB Brasil Re concomitantemente (1985-1987).

Também presidiu a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no final dos anos 70 e ocupou cargos importantes no governo do Estado do Rio de Janeiro.

Foi secretário de Finanças (1987 - 1990) e presidente do Banerj e de sua seguradora (1987-1989). Por mais de dez anos desde 1996 ocupou uma cadeira no conselho de administração da SulAmérica Seguros.

Vieira é parte de uma das mais tradicionais famílias de empresários cariocas, os Gouvêa Vieira, descendentes do senador do império José Tomás Nabuco de Araújo Filho, pai do político e diplomata Joaquim Nabuco (1849-1910). É um dos sete filhos do empresário João Pedro Gouvêa Vieira, fundador do que por mais de 60 anos foi um dos maiores complexos industriais nacionais e o principal negócio da família: o grupo Ipiranga de petróleo e petroquímica, vendido em 2007 para a Petrobras, Braskem e Grupo Ultra.

Fonte: Redação Planeta Seguro

Att.

Patricia Campos

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