quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Adiar aposentadoria pode ser mau negócio

Fator previdenciário, ainda em vigor, é responsável por redução de até 44% no ganho inicial da aposentadoria


Incidência do fator previdênciário cai à medida que aumenta o tempo de contribuição ou idade do segurado

Incidência do fator previdênciário cai à medida que aumenta o tempo de contribuição ou idade do segurado









O fator previdenciário, ainda em vigor, é responsável por redução de até 44% no ganho inicial da aposentadoria. Sua incidência cai à medida que aumenta o tempo de contribuição ou idade do segurado. Assim, um trabalhador com 35 anos de contribuição e 53 de idade, por exemplo, que tenha pago pelo valor máximo pelo menos 80% de suas contribuições de julho de 1994 para cá, terá um ganho inicial de R$ 2.275,97. Se contribuir por mais um ano e se aposentar aos 54 anos de idade, sua aposentadoria inicial será de R$ 2.432,90 e assim por diante. Vale a pena? Se depender dos cálculos de dois especialistas no assunto, a resposta é não.

A advogada Camila Fonseca, sócia da Conprev - Consultoria Previdenciária, e o atuário e consultor Lourival Beneton, sócio da Beneton Consultoria, fizeram uma série de simulações para ajudar na decisão de quem está próximo de requerer ou já têm direito ao benefício.

“No exemplo citado, deve-se levar em conta se o trabalhador é empregado ou autônomo. No caso de homem empregado, sua contribuição mensal é de 11% e daria R$ 5.279,17 em um ano. Se autônomo, pagará 12 x 738,35 = R$ 8.860,20. Nos dois casos, deixará de receber durante este ano de adiamento o valor mensal de R$ 2.275,97 ou R$ 29.587,61 no total”, informa Camila.

Como a diferença do benefício entre de quem se aposenta agora e daquele que adia por um ano é de R$ 156,93 por mês, o segurado só começará a sentir falta dessa diferença 19 anos depois, no caso de empregado, e 20 anos e 4 meses, se autônomo. Para chegar a esse prazo, Camila e Beneton dividiram o valor pago e o que o trabalhador deixou de ganhar pela diferença.

Se o segurado for disciplinado e guardar esses valores com os quais não contaria, já que iria adiar a aposentadoria, a necessidade daqueles R$ 156,93 praticamente desaparece.

“Fiz alguns cálculos e apurei valores de acordo com as planilhas de simulação oferecidas pelo próprio INSS”, informa Beneton.

Confira os exemplos

Segurada mulher com contribuições pelo teto:

1º caso - 48 anos de idade e 30 de contribuição - renda mensal inicial: R$ 1.911,73
2º caso - 49 anos de idade e 31 de contribuição - renda mensal inicial: R$ 2.035,64

Quando comparado o 1º com o 2º caso, diferença entre os benefícios é de R$ 123,91. Aplicando-se as mesmas condições para o exemplo do homem, se adiar sua aposentadoria, a segurada deixaria de receber 13 x 1.911,73 = 24.852,49 e ainda contribuiria com R$ 5.279,17 (se empregada) ou R$ 8.860,20 (se autônoma). Seriam, portanto, R$ 30.131.66 ou R$ 33.712,69. Se empregada, a segurada só começaria a “perder” em relação a uma aposentadoria um pouco maior depois de 243 meses, ou 20 anos e 3 meses. Se autônoma, essa falta só começaria a ocorrer depois de 272 meses de aposentadoria (22 anos e 8 meses).

Também neste caso, segundo Camila Fonseca, se a segurada for disciplinada e fizer uma poupança dos valores que já vai receber por ter decidido se aposentar e aplicar também o que deixou de recolher ao INSS (no caso de autônomo), a diferença a menos de R$ 123,91 a menos em relação a quem adiou a aposentadoria não será sentida. Isso porque a simples aplicação dos R$ 30.131,66 na poupança já rende por mês mais do que R$ 123,91.

Procurado, o Ministério da Previdência Social informa não comentar o assunto.

Roberto do Nascimento

Especial para o Terra


Em tempo:

SÃO PAULO – O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, disse, durante sessão solene em homenagem aos 26 anos da Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas), na Câmara dos Deputados, que lutará pelo fim do fator previdenciário.

“Enquanto estiver como ministro da Previdência, não sossegarei até pôr fim ao fator previdenciário”, afirmou, conforme publicado pela Agência Câmara.

No evento, o ministro disse ainda que o governo só conseguirá encontrar uma saída para o fim do fator previdenciário com a ajuda de parlamentares, sindicatos de aposentados e centrais sindicais, sendo essencial encontrar uma alternativa para o atual dispositivo, que gerou, até hoje, uma economia de R$ 31 bilhões para a Previdência.

Fator Previdenciário

O fator previdenciário é uma fórmula usada para calcular o valor das aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e tem o objetivo de evitar que trabalhadores se aposentem cedo.

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), autor de dois projetos que tratam do assunto, o fator previdenciário prejudica os mais pobres.

Fonte: Infomoney


Att.

Patricia Campos

Telefax: (31) 3463-2838 / Cel: (31) 9675-5477


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