O sistema suplementar de saúde, composto pelas operadoras de  planos e seguros de saúde, beneficiários e prestadores de serviços, está muito  fragilizado, conforme alerta o consultor Horácio Cata Preta, diretor da HCVP  Consultoria Empresarial. Para ele, esse sistema, que hoje atende 25% da  população brasileira, foi fortemente afetado pela inflação dos chamados custos  médicos e hospitalares, resultante de novas tecnologias, procedimentos e  medicamentos, assim como pelo aumento da demanda de serviços, as contínuas  normas regulamentadoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a queda  na oferta de leitos hospitalares e os sucessivos conflitos com os prestadores de  serviços, especialmente os médicos, todos em busca de melhor  remuneração.
Cata Preta julga importante que haja mais liberdade de atuação  para as operadoras na elaboração dos produtos e também menos ingerência nas  atividades operacionais.
Ele sugere que a atuação da ANS seja revista, pois "a agência  recebeu diretrizes para um projeto irrealizável, de equalizar os serviços das  operadoras de planos e seguros de saúde ao padrão ideal do Sistema Único de  Saúde (SUS) com atendimento integral à população.
"Antes de se alcançar esse objetivo ideal é fundamental que as  operadoras tenham lastro econômico-financeiro para sustentar suas atividades. É  importante ressaltar que o sistema privado é suplementar. O SUS é o sistema  oficial e de cobertura integral", observa.
 FALHAS
Na avaliação do consultor, hoje, o sistema suplementar de saúde  funciona melhor do que o SUS, mas com várias fissuras estruturais no seu modelo  econômico-financeiro, pois está concentrado nas regiões Sudeste e Sul e com  baixa penetração no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, especialmente nas pequenas  cidades.
Ele sustenta que o sistema privado tem ampla aprovação por  parte dos usuários, mesmo sem oferecer atendimento dentro dos padrões almejados  pela ANS. "Há alguns desafios a vencer, como a eliminação de barreiras de acesso  aos idosos e aos portadores de doenças preexistentes, cuja solução está mais nos  cálculos atuariais e estatísticos relacionados à utilização dos serviços  médico-hospitalares do que em resoluções emanadas da ANS", aponta Cata Preta  Segundo o consultor, o problema se agrava na medida em que o SUS não consegue  cumprir sua missão de proporcionar atendimento integral à população para redução  do risco de doença e de outros agravos e permitir o acesso universal e  igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
Att.
Patricia Campos
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