O número de reclamações e denúncias contra os bancos aumentaram 89% desde 2007, segundo dados do Banco Central (BC). Em 2007, foram 52,8 mil registros, quantidade que subiu para 86,8 mil, em 2008, e para 99,8 mil, no ano passado. Para o chefe do Departamento de Prevenção a Ilícitos Financeiros e de Atendimento de Demandas de Informações do Sistema Financeiro do BC, Ricardo Liáo, o número reflete uma maior consciência e conhecimento do cidadão a respeito dos seus direitos. "Há uma ampliação das informações sobre esse tipo de atendimento que o Banco Central presta, como se fosse a última instância", disse.
Liáo ressalta que, no entanto, determinados assuntos ferem o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e não as regras do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BC. Mesmo assim, segundo ele, essas reclamações são processadas pelo BC. São exemplos de desrespeito ao CDC e, portanto podem ser resolvidos no Procon ou na Justiça, o envio de cartão de crédito sem o pedido do cliente, venda casada de produtos, como crédito e seguros ou planos de previdência, e a não entrega de cópia de contratos, por exemplo.
Segundo Liáo, do total de denúncias e reclamações feitas ao BC no ano passado, 62% dos casos não tinham indício de descumprimento de norma da autoridade monetária ou do CMN. "Mas todos os casos que chegam, a gente interpela a instituição, independentemente do que seja", garantiu. Entre as situações que estão previstas nas regras do BC e do CMN, estão a restrição à portabilidade, o não fornecimento de dados do custo efetivo total de uma operação e o cálculo errado do valor presente para liquidação antecipada de crédito.
Quando uma reclamação ou denúncia chega ao BC, as informações vão para um sistema e há o prazo de 10 dias para a instituição responder. Nesse período, a instituição deve enviar ao BC cópia eletrônica da resposta dada ao cliente e as providências adotadas. Essas regras foram criadas em 2005.
O atendimento ao público oferecido pelo BC é feito pela internet, por telefone (0800 9792345), por fax, correspondência ou pessoalmente. Antes de ir ao BC, o cliente bancário pode ainda tentar resolver o problema com a ouvidoria da instituição que não ofereceu o atendimento adequado. As instituições financeiras são obrigadas a oferecer o serviço de atendimento.
Além de fazer reclamações ou denúncias, há ainda um serviço do BC de prestação de informações, como de dados estatísticos, câmbio e inflação, por exemplo. Segundo Liáo, esse contato com a sociedade surgiu, inicialmente, da necessidade de esclarecer informações sobre os planos Cruzado e o Collor. "Foi quando o banco se viu obrigado a abrir suas portas e a começar a explicar para o público o que estava acontecendo".
Fonte: A Crítica Online
Comentário:
A venda casada, apesar de proibida, é praticada com frequência pelos bancos, principalmente nas negociações de financiamentos e/ou empréstimos.
Os bancos cobram taxas pelas operações realizadas do consumidor e os gerentes agem como se fizessem favores aos seus clientes obrigando-os, muitas vezes, a assinar propostas de seguros que , na maioria das vezes, são prejudiciais aos mesmos.
O prejuízo ocasionado aos clientes não é pela contratação de um seguro e sim por aludir a coberturas muitas vezes inexistentes.
Quantas pessoas e empresas contratam seguro de Acidentes Pessoais (AP) nos bancos e acreditam ter contratado Seguro de Vida. Qual a diferença? O AP só dá coberturas para causas acidentais, enquanto o Seguro de Vida dá cobertura tanto para causas acidentais como naturais (doenças, por exemplo).
E os Seguros Empresariais e de Automóveis que, quando analisado a Apólice, as coberturas estão abaixo das necessidades do Segurado? Qual o problema disto? O problema é verificar, na hora de receber a indenização, ou seja na hora do "sinistro", que o Segurado não terá condições de substituir o bem (ou porque terá que ratiar os prejuízos com a Seguradora ou porque não há cobertura para o "evento").
Além disto, na maioria dos casos, o valor pago pelo seguro contratado através do banco é muito maior e o benefício muito menor se comparado ao seguro contratado através de um Corretor de Seguros.
Há que se analisar também em quem atenderá o Segurado na hora do "sinistro". O banco (gerente) lhe dará o 0800 da seguradora e só. O Corretor de Seguros estará sempre a disposição do Segurado.
Por isto, escolha sempre um Corretor de Seguros habilitado pela Susep.
Att.
Patricia Campos
Telefax: (31) 3463-2838 / Cel: (31) 9675-5477
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