O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) acaba de divulgar uma pesquisa que realizou, de outubro a novembro, com 868 jovens de 15 a 17 anos, residentes em seis capitais – Florianópolis, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Porto Alegre. O grupo de adolescentes pesquisados é formado por alunos do curso médio de escolas públicas e particulares.
A pesquisa traz algumas revelações importantes e indicam alguns novos caminhos no esforço de combate à violência no trânsito. Fiquemos com apenas duas delas:
1ª) A grande maioria dos jovens pesquisados nunca foi atingida por alguma campanha de segurança no trânsito e freqüenta escolas que não têm no currículo nenhuma disciplina que contemple as questões de segurança no trânsito, nem na vertical, nem na transversal. Para mim, isto tem um significado muito especial: nada – ou praticamente nada – se faz para a formação dos novos condutores no Brasil, quando sabemos que a formação para obtenção da carteira de habilitação é insuficiente para termos condutores de qualidade.
2ª) Um número também bastante alto dos adolescentes pesquisados admitiu tomar carona com amigos habilitados que ingeriram bebida alcoólica antes de dirigir, especialmente no retorno de baladas. Esses mesmos adolescentes admitiram incapacidade de agir de modo seguro e de intervir em seu grupo social no caso de uma situação com a qual não concordem. Esse aspecto é particularmente grave. Sugere uma ação concentrada dirigida à família. Os pais, por exemplo, devem olhar com mais atenção para os aspectos de segurança enfrentados pelos filhos e encorajá-los a intervir em seu grupo social sempre que perceberem que sua segurança está ameaçada.
Fonte: Viver Seguro
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