Andrade Gutierrez deve participar de consórcio com Vale e Votorantim. Odebrecht e Camargo Corrêa devem se unir em outro consórcio.
As construtoras que demonstram interesse em construir a hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (Pará), já marcam presença em Altamira, cidade-sede da obra, a fim de verificar a infraestrutura da cidade em relação a mão de obra, fornecedores e rede hoteleira.
Durante visita da reportagem a Altamira, o G1 encontrou funcionários da Odebrecht e da Camargo Corrêa, que disseram não ter autorização para dar entrevistas. Empresários afirmaram que representantes da Andrade Gutierrez também estiveram na cidade.
A reportagem procurou as construtoras, que informaram ser prática comum em grandes obras públicas enviar antes funcionários da empresa com o objetivo de verificar as condições da cidade, mesmo sem a definição sobre quem vai construir. O leilão está marcado para o próximo dia 20. De acordo com as empresas, o investimento para obter dados sobre o local é pequeno perto da importância de se já estar bem informado na hipótese de ganhar a concorrência.
O G1 apurou, no entanto, que alguns funcionários dessas empresas já estão há cerca de um ano em Altamira, antes mesmo de existir a licença prévia do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) para a usina. As construtoras não confirmaram a informação.
A única das três empresas que respondeu à reportagem sobre o tema foi a Odebrecht. "Os profissionais da Odebrecht estão na região com o intuito de checar antecipadamente os recursos, serviços e infraestrutura disponíveis, tendo em vista a proximidade do leilão", respondeu por e-mail a construtora, sem especificar desde quando os funcionários estão no local.
Consórcios
As três empresas devem participar de dois consórcios distintos para disputar a obra. De um lado Andrade Gutierrez e, de outro, Camargo e Odebrecht.
O primeiro consórcio confirmado para o leilão de Belo Monte é o que reúne Andrade Gutierrez, Vale, Votorantim e Neoenergia. As indústrias de outras áreas participam porque têm interesse em obter a energia gerada pela hidrelétrica.
O segundo consórcio deve ser formado por Camargo Corrêa e Odebrecht, que firmaram carta de intenção para concorrerem juntas. As duas empresas foram rivais nos leilões das hidrelétricas no Rio Madeira, em Rondônia. A Camargo venceu a concorrência pela hidrelétrica de Jirau e a Odebrecht ganhou a Santo Antônio.
O governo disse que buscar atrair o maior número de interessados para a concorrência.
A Eletrobras vai representar o governo em todos os consórcios, informou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na semana passada. Ainda não foram definidas, no entanto, quais empresas participarão de quais consórcios.
Lobão disse, de acordo com a Agência Estado, que ainda estão sendo concluídas as negociações para se saber quais empresas do grupo deverão entrar na disputa. Entre as subsidiárias da Eletrobras, estão Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Chesf.
Leilão
Os grupos que pretendem participar da disputa devem se inscrever pelo site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nos dias 13 e 14 de abril. A disputa será no dia 20 e vence quem oferecer o menor preço a ser cobrado pela energia.
O Tribunal de Contas da União definiu como teto máximo para o preço da energia de Belo Monte R$ 83 por MWh. O valor é menor do que o preço máximo determinado antes dos leilões nas hidrelétricas de Santo Antônio (o teto foi R$ 122 MWh e o preço final foi R$ 78,87 MWh) e de Jirau (o teto foi de R$ 91 MWh e o preço final foi R$ 71,40 MWh).
Fonte: Do G1, em Altamira | Mariana Oliveira
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