segunda-feira, 28 de junho de 2010

Droga legal?

O Dia Internacional de Combate às Drogas, 26 de junho, marcou a mobilização da prevenção e combate a dependência


O Relatório Mundial sobre Drogas, da UNODC, agência da ONU para drogas e crime, divulgado nesta semana, traz dados importantes sobre o consumo de substâncias lícitas e ilícitas em diversos países. “A análise desses números é a oportunidade de refletirmos o quanto avançamos e se as políticas de combate às drogas são eficientes”, comenta Carlos Salgado, psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).

De acordo com o levantamento, diminui a produção e o consumo das principais drogas, como crack, cocaína e heroína, contudo, com o crescente consumo de drogas legais, também apontado pelo relatório, o cenário pode rapidamente retroceder. “Isso porque as substâncias consideradas ‘leves’ e as legais, como álcool e tabaco, são a porta de entrada para outras drogas. Podemos cair em uma espécie de círculo vicioso”, explica o psiquiatra.

Ainda em análise do relatório, outros aspectos preocupantes foram revelados, como o consumo da maconha, a droga ilícita mais consumida no mundo, e o uso de anfetaminas, que deverá, em breve, ultrapassar a soma de usuários de heroína e cocaína. O dado é alarmante, já que as drogas sintéticas ainda não sofrem imposições eficientes da lei e, em muitos casos, são produzidas a partir de substâncias legais.

“Infelizmente, é necessário entender que a aceitação social das drogas consideradas legais está diretamente ligada aos problemas que enfrentamos com as substâncias ilícitas. Não pode existir prevenção e combate eficaz sem a adoção de medidas restritas a publicidade de álcool e tabaco, por exemplo. Precisamos de ações conjuntas e que levem em consideração todo o cenário de consumo, legal ou ilegal”, diz Salgado.

O especialista lembra ainda outro importante ponto do relatório indicando que a situação de maior risco envolve os países em desenvolvimento, como o Brasil. “É uma triste realidade do país e, para contrapor essa situação, é preciso maior mobilização e iniciativa da sociedade. Assistimos hoje grande parte de nossos jovens terem contato com álcool e tabaco em suas casas, resultado de uma cultura equivocada, que entende a experimentação como algo indissociável do convívio social. Precisamos que a conscientização caminhe com políticas restritas ao consumo do álcool, como no que diz respeito à publicidade, assim como foi feito com o tabaco”, analisa.

Os resultados do relatório e de diversas outras pesquisas devem servir de subsídio para a elaboração de políticas publicas que sirvam aos interesses da população e precisa contar claramente com seu apoio. Nesse sentido, toda discussão é válida e o dia 26 de junho oferece a oportunidade. “O que falta é passarmos do discurso a ação”, completa Carlos Salgado.

Fonte: Natalia Kfouri
Att.

Patricia Campos

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