Um Programa de Segurança nas Estradas que surgiu com o objetivo de apresentar propostas simples, que não exigissem grandes investimentos e pudessem produzir resultados importantes na redução de acidentes. Essa é a definição do SOS Estradas, de acordo com seu coordenador, Rodolfo Alberto Rizzotto.
As primeiras propostas surgiram em decorrência de um concurso realizado pela então Revista das Estradas, hoje transformada no Portal Estradas com acesso pelo endereço www.estradas.com.br
“Na ocasião, recebemos mais de 2.000 sugestões e decidimos que não podíamos apenas realizar o concurso mas que deveríamos encontrar um meio de colocar várias delas em prática. Foi então que criamos o SOS Estradas”, acrescenta Rizzotto.
O SOS Estradas tem dado origem a diversas ações. O primeiro trabalho importante foi o livro “Recall: 4 Milhões de Carros com Defeito de Fábrica”, em que a equipe do Programa estudou como a indústria automobilística esconde defeitos de fabricação e o que poderia ser feito para que isso não ocorresse.
“Conseguimos levantar o tema na imprensa brasileira e os resultados estão aparecendo com investigações dos órgãos públicos e uma legislação mais rigorosa. Inclusive, foi aprovado na Câmara que nenhum veículo possa ser licenciado com recall por fazer, o que fazia parte de nossa proposta, levando-se em conta que 50% dos proprietários não atendem as convocações, por desconhecimento ou negligência”, comenta Rizzotto.
Cansaço mata
Outro tema importante levantado pelo SOS Estradas foi a questão do cansaço, abordado na campanha intitulada “Cansaço Mata”. O objetivo era revelar que os riscos de dirigir cansado, por muitas horas e sem parar é o mesmo de quem dirige embriagado.
A campanha conseguiu grande repercussão de mídia, várias iniciativas usando o tema e mudanças na legislação. Outro resultado a celebrar é a obrigatoriedade do exame de polisonografia para motoristas profissionais, como resoluções estabelecendo limite no tempo de direção para motoristas de ônibus.
“Com isso, os acidentes de ônibus no Estado de São Paulo, por exemplo, caiu mais de 30%, poupando vidas e reduzindo significativamente o número de feridos, graças à ajuda do Ministério Público, principalmente do Promotor Saad Mazloum”.
Rizzotto informa que o SOS Estradas também realizou o estudo denominado “Morte no Trânsito – Tragédia Rodoviária”, apresentando vários fatores que causam os acidentes e demonstrando que a maior parte das mortes ocorrem nas rodovias, embora a maioria dos acidentes sejam na área urbana.
O coordenador do SOS Estradas reforça que, “dessa forma, mostramos a importância das autoridades investirem mais em ações que possam reduzir os acidentes nas estradas, o que sem dúvida vai colaborar para reduzir o número de vítimas fatais”.
Apesar de sua importância e resultados concretos já alcançados, o SOS Estradas permanece, por opção, sem apoio de recursos públicos, pois deseja manter sua independência. O Programa é mantido com recursos do Portal Estradas e conta com a colaboração de vários profissionais qualificados que contribuem com seu tempo e conhecimento.
Como ajudar
Todas os cidadãos podem ajudar, apresentando idéias simples que possam reduzir acidentes, aumentar a segurança e que não exijam investimento significativo, como no caso da campanha “Cansaço Mata”, pois, como argumenta Rizzotto, “não custa nada para ninguém evitar dirigir cansado, bem como parar descansar por 15 minutos a cada duas horas de direção”.
Ele menciona também outra campanha que foi feita para que as pessoas usem cintos nos ônibus, o que reduz em 70% o número de vítimas em caso de acidente. “E isso também não custa nada, pois os veículos fabricados a partir de 1999 já oferecem esse equipamento”.
Rizzotto reforça ainda que acidentes não acontecem. “Acidente é quando cai um raio sobre o seu carro. Os chamados ‘acidentes de trânsito’ apresentam vários fatores que contribuíram para que ocorresse. Para resumir diria que: dirigir é prevenir”.
Ele também passa algumas dicas para todos os motoristas, como respeitar a linguagem da estrada, cuja instalação sempre é baseada em critérios técnicos.
Além disso, é preciso respeitar o próprio organismo. “As pessoas se preocupam mais em fazer a revisão do veículo, verificar se a documentação se encontra em dia ou se o tanque está cheio, do que verificar se quem vai dirigir está descansado. É por isso que muitos acidentes ocorrem nos feriados. O indivíduo trabalha o dia inteiro, chega em casa cansado, prepara o carro e a bagagem e depois pega horas de estrada, com tráfego intenso e pressa de chegar”.
Lei Seca
O coordenador do SOS Estradas considera que, apesar de algumas iniciativas louváveis e importantes fica claro que as autoridades precisam lançar um programa de ação com metas de redução de acidentes.
Por enquanto, a Lei Seca, vem cumprindo seu papel, segundo Rizzotto. “No Rio de Janeiro, estado do relator da Lei, o Deputado Hugo Leal, ela tem apoio importante do governo do Estado. Em outras partes do país, não está produzindo os mesmos resultados, por falta de comprometimento das autoridades e metas. Nós temos um ótimo Código de Trânsito, legislação de primeiro mundo, mas perdemos mais tempo discutindo modificações na lei que aplicando a mesma”.
Sobre o Seguro DPVAT, ele diz que se trata de uma grande conquista do povo brasileiro. “O Brasil é o único país onde qualquer pessoa está protegida por um seguro, mesmo que não o pague, nem tenha veículo. Viabiliza boa parte do atendimento as vítimas nos hospitais brasileiros, bem como o processo de recuperação das mesmas. Lógico que pode ser aperfeiçoado, como tudo na vida, mas quem dera o sistema de trânsito no Brasil fosse tão bem administrado como é o DPVAT”.[2]
Quem quiser mais informações sobre o SOS Estradas, basta acessar a página do programa no site www.estradas.com.br. Em breve vai entrar no ar a nova versão, mas as pessoas podem mandar suas sugestões ao e-mail sos@estradas.com.br
Fonte: Pedro Duarte/CQCS
Att.
Patricia Campos
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