Mesmo com um nível recorde de perdas catastróficas no primeiro trimestre, os aumentos das taxas de seguro ficaram limitados às exposições afetadas pelas perdas. A conclusão é do estudo "Spring 2011 Insurance Market Update" da Marsh. Em determinadas regiões do mundo e de ramos de negócios não afetados por perdas recentes, houve pouca mudança nas condições de mercado nos primeiros três meses do ano. De acordo com o estudo, a capacidade de seguros global continua abundante, especialmente para novos negócios.
Apesar de não ter havido impacto nas taxas neste período, o relatório mostra que as empresas com exposições a catástrofes, especialmente aquelas situadas em regiões afetadas por eventos recentes devem experimentar aumentos nas taxas no período de renovação das apólices. Mesmo não havendo mudança imediata no mercado, muitos orçamentos de seguradoras e resseguradores para perdas catastróficas em 2011 já foram substancialmente tomados, ou mesmo ultrapassados, devido às perdas do primeiro trimestre, que incluem aquelas das enchentes na Austrália; terremoto na Nova Zelândia; terremoto, tsunami e desastre nuclear no Japão.
Segundo Nicholas Bacon, chief executive officer da Bowring Marsh, o mercado global de seguros enfrenta uma pressão substancial, especialmente com a próxima temporada de furacões de 2011 no Atlântico norte-americano, prevista como mais ativa do que o habitual. "As perdas futuras catastróficas neste ano têm maior probabilidade de prejudicar diretamente as posições de capital das resseguradoras do que de impactar os lucros, o que pode resultar em taxas mais elevadas. Além disso, a introdução da 11ª revisão do modelo de risk management solutions para medir o risco de furacões e tempestades nos EUA, também contribuirá para pressionar para cima os preços de catástrofes em property", afirma o executivo.
Transparência dos riscos
O relatório da Marsh aponta também que, como resultado das perdas do primeiro trimestre, as seguradoras estão reenfatizando seus requerimentos por dados completos para subscrição, que possam ser modelados para gerar previsões confiáveis. As seguradoras passaram a solicitar aos segurados que fundamentem detalhadamente suas exposições de lucros cessantes contingentes - contingent business interruption (CBI).
Neste cenário, os principais fatores determinantes da capacidade potencial e do custo final de transferência de risco serão os atributos únicos de risco de cada organização, em adição à estruturação e qualidade da sua apresentação ao mercado. As organizações que obtêm os melhores resultados são aquelas mais capazes de demonstrar o seu compromisso contínuo com a gestão proativa de riscos, de acordo com o relatório.
O estudo "Spring 2011 Insurance Market Update" aponta também que muitas organizações estão reavaliando a sua vulnerabilidade a eventos como terremoto e tsunami e a eficácia dos seus programas de gerenciamento de riscos após os recentes acontecimentos no Japão. "Os eventos no Japão expuseram lacunas significativas na resiliência de negócios em várias empresas, destacando ainda mais a necessidade de que as organizações adotem uma visão de 360 graus de ponta a ponta de sua cadeia de fornecimento, identificando demanda, fornecedores e os riscos operacionais, bem como o impacto financeiro de falhas", diz Duncan Ellis, líder da prática de property (seguro patrimonial) da Marsh EUA.
Fonte: Revista Apólice
Att.
Patricia Campos
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