domingo, 25 de maio de 2014

Viabilizar o desejo do consumidor de ter um plano de saúde é um dos propósitos da Susep


Ter um plano de saúde é o terceiro item de desejo dos brasileiros, depois da casa própria e da educação, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Mas, atualmente, apenas 25% da população brasileira possui seguro de saúde, número muito inferior à população economicamente ativa no país, em torno dos 60%.

“Existe o potencial de crescimento, mas no médio prazo o que deve ocorrer é o contrário porque infelizmente o aumento de custo é muito alto, de 15% ao ano. No ano passado, a variação foi de 16,4%”, disse Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, durante a apresentação dos resultados da pesquisa no final de 2013.

Mas se o custo é alto para os consumidores, também é oneroso para as operadoras de saúde. “A inflação dos custos da saúde é sempre maior que a inflação oficial”, disse o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Marcio Coriolano, em evento para jornalistas em dezembro do ano passado. Neste ano, a FenaSaúde divulgou dados assistenciais registrados por suas associadas que revelam a realização de 366 milhões de procedimentos em 2013, entre consultas médicas, exames, terapias, atendimentos ambulatoriais e internações. O volume é 7,9% maior em relação ao ano de 2012.

A título de comparação, a entidade computou o número de ressonância magnética e tomografia computadorizada feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no último ano e pela saúde suplementar. Os dados mostram que enquanto o SUS realiza 4,5 ressonâncias, o setor privado registra 90,1. Se analisadas apenas as operadoras associadas à FenaSaúde, a diferença é ainda maior: 144,9.

Segundo o diretor-executivo FenaSaúde, José Cechin, o setor de saúde suplementar opera no vermelho devido aos altos custos assistenciais. O motivo, ele aponta, é o aumento da utilização per capita dos serviços, a longevidade, e, principalmente, a incorporação de novas tecnologias. “Uma prótese de joelho que tem um custo de fabricação de R$ 2 mil, acrescidos de impostos, margens de lucro e comissões, sai para a operadora por R$18 mil”, disse ele durante o XII Congresso Brasilcon, realizado em 13 de maio em Gramado (RS).

Riscos residual, alternativa para produtos

Se por um lado, o consumidor deseja o plano de saúde mas não pode tê-lo por causa do alto custo – e as operadoras não podem oferecê-lo por preço menor porque também arcam com altos custos -, por outro, existem alternativas que podem viabilizar o produto em termos de preço de acordo com a cobertura. Esta é a proposta do novo superintendente da Susep, Roberto Westenberger, que já deixou claro o propósito de fomentar o desenvolvimento do setor por meio de novos produtos.

“Pretendemos fazer com que o papel da Susep tenha um ingrediente de pró-atividade nessa área de produtos, ou seja, que a Susep atue efetivamente induzindo o desenvolvimento de produtos que o mercado não os tenha ainda”, disse ele em entrevista ao jornal Valor Econômico, em abril. Westenberger explicou que a alternativa ao ramo de saúde e a outros é criar produtos de seguro para “riscos residuais”. Como fez uma seguradora nos Estados Unidos, hoje a segunda maior no ramo de automóvel, que desenvolveu um produto para segurados que se encaixavam no critério de “maus riscos”.

No caso do seguro saúde, a ideia no novo superintendente é trabalhar em conjunto com a ANS, órgão regulador dessa área, para criar coberturas a segundo risco. “Para um indivíduo que tenha um plano de saúde, por exemplo, numa grande empresa, mas que não cubra suficientemente suas necessidades, o mercado poderá oferecer uma segunda cobertura em um produto que atenda a esse nicho”, disse ele jornal Valor, citando, em seguida o Universal Life como um produto que carece de desenvolvimento maior.

Nesse contexto, Westenberger anunciou na última quarta-feira, 14 de maio, em evento no Rio de Janeiro (RJ), a criação de um grupo de trabalho (GT) como o primeiro passo para a Susep tirar do papel o projeto de um laboratório de produtos inexistentes no mercado segurador. “Este grupo vai chamar para si a missão de pensar em produtos que não existem hoje, mas que a sociedade necessita”, explicou. Além dos seguros de saúde a segundo risco e também para o risco de longevidade, ele prometeu encurtar o prazo de aprovação dos produtos, sobretudo os mais inovadores.

Fonte: CVG-SP

Att.
Patricia Campos
 
Tel: (31) 3463-2838 / 9675-5477

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