As pessoas em geral não têm a noção exata do impacto de uma colisão no trânsito, e segundo as leis da física, colidir com um poste ou um objeto fixo, a 80 Km/h, equivale a cair de um prédio de nove andares.
Não ultrapassar outros veículos pela direita e evitar a mudança constante de faixa.
A atenção deve sempre estar na movimentação dos veículos à frente, atrás e nas laterais, nas informações no painel do veículo, como velocidade, combustível, sinais luminosos, nos espelhos retrovisores e na movimentação dos pedestres, principalmente nos cruzamentos
Direção Defensiva é a solução para o trânsito
Em Sorocaba, há 323 mil veículos e 60% deles - ou seja, cerca de 190 mil - se deslocam pelas cinco mil ruas da cidade diariamente. Além dessa frota, outros 48 mil veículos forasteiros (aproximadamente 15% do total da cidade) juntam-se aos nossos, vindos de outros estados e municípios. Isso significa dizer, que temos hoje, por volta de 240 mil carros por dia em nossas vias.
Essa efervecência no trânsito, resultam em 25 acidentes por dia, segundo dados da Polícia Militar, sendo que em 32% das ocorrências alguém se fere (ou morre).
São números reais que comprovam a necessidade de uma mudança de atitude dos motoristas. Pensando nisso a Rádio Cruzeiro FM e o Jornal Cruzeiro do Sul, em parceria com a Urbes - Trânsito e Transportes, criaram a campanha Motorista Legal que conta com o apoio do Colégio Objetivo Sorocaba e da Maximus Vistorias e que tem como objetivo melhorar a conduta de motoristas e ajudar na promoção de um trânsito mais humano para Sorocaba.
Para tanto, a educação é o caminho a ser trilhado e a direção defensiva o modo mais eficaz de atingir esses objetivos.
De acordo com o advogado Cassiano Fongaro, diretor geral do Centro de Formação de Condutores (CFC) Maxitrans, há diversos fatores que podem ajudar - ou prejudicar - o sistema tráfego de veículos e um trânsito mais seguro. O excesso de autoconfiança dos motoristas, por exemplo, tem papel determinante nos acidentes e por isso - para Cassiano - o essencial é prestar atenção. Passamos tanto tempo dentro do carro que dirigir passou a ser uma atividade automática, explica. Ele afirma que - na maioria das vezes - as pessoas estão atrás do volante, mas com o pensamento voltado para as tarefas que serão desenvolvidas no desenrolar do dia. A mãe que está levando as crianças para a escola está preocupada com as outras tarefas do dia, suas atividades profissionais e outros afazeres. Ela tem na cabeça as preocupações com o lanche, o agasalho e as lições dos filhos entre outras coisas. Fongaro diz que isso impede que ela tenha a atenção totalmente voltada para o trânsito. Da mesma maneira, outra pessoa está a caminho do trabalho já pensando nas próximas atividades do dia, nas reuniões de trabalho, na escassez do tempo e todas as outras obrigações. Enfim, cada pessoa, em cada um dos veículos que transitam pelas ruas e avenidas da cidade, está concentrada em seu ‘mundo. Isso impede que as pessoas estejam cem por cento atentas ao que está acontecendo em todo o conjunto do trânsito. Prestar a atenção no que acontece à sua volta nos carros, nos pedestres, no sinais e observando as leis de trânsito é dirigir defensivamente explicou.
Direção Defensiva
A definição mais precisa para direção defensiva é: dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das condições adversas e das ações impensadas dos outros motoristas e pedestres, utilizando-se para tanto, de técnicas condicionadas e respeitando a legislação de trânsito.
O conceito, embora não seja novo, passou a ser difundido a partir do Código de Trânsito Brasileiro (CBT), que entrou em vigor em 22 de janeiro de 1998. Antes disso, as regras existiam mas por falta de uma fiscalização mais efetiva, elas eram pouco observadas e obedecidas. Conforme afirma José Olimpio Prette, delegado da 19ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Sorocaba, a regulamentação das normas, aliada às fiscalizações mais rigorosas e a revisão de algumas regras que estavam defasadas modificaram o sistema que passou a ser respeitado. Mesmo assim, a falta de educação e de conscientização dos motoristas, ainda é, conforme afirma Prette, o maior problema no trânsito.
A educação depende - conforme acredita - da mudança de comportamento de cada um. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que os outros motoristas não são seus adversários e que dentro do carro ao lado há uma vida humana, lembra o delegado. Quem não dirige defensivamente expõe - a si mesmo e os outros - ao risco.
Os elementos básicos da direção defensiva são: conhecimento, atenção, previsão, habilidade e ação.
Conhecimento
É preciso conhecer e entender as leis, as normas de circulação e de conduta. Também é preciso conhecer o veículo e o trajeto que será feito até o seu destino.
Atenção
Dirigir é uma atividade complexa e de muita responsabilidade que exige total concentração do motorista. O condutor deve estar alerta para todas as situações que se apresentarem durante o percurso.
Previsão
Prever o perigo e situações de risco e reagir a tempo pode fazer a diferença. Se uma criança está brincando de bola na calçada, o motorista deve prever que a criança pode sair correndo atrás da bola.
Habilidade
Dirigir é fácil, difícil é ter habilidade e preparo para saber decidir e agir corretamente. É preciso ser hábil no controle do veículo para executar manobras e evitar os perigos.
Ação
É necessário saber proceder corretamente em situações de risco e perigo. Agir de modo defensivo, coerente e correto pode evitar acidentes.
Condições adversas
Mesmo observando todos esses preceitos básicos o motorista que pratica a direção defensiva ainda tem que contar com as condições adversas que podem comprometer a segurança, aumentando os riscos de acidente.
Por exemplo, uma rua com pouca iluminação, à noite pode prejudicar nossa reação em uma situação inesperada. Da mesma maneira, o excesso de luz também pode atrapalhar. Um farol alto pode causar cegueira temporária e provocar um acidente.
As intempéries (chuva, neblina, ventos) são outros fatores que podem induzir o motorista a cometer erros e provocar acidentes. O diretor do CFC explica que com a chuva, perdemos visibilidade e a pista fica muito mais lisa, principalmente no primeiros 15 minutos, uma vez que a água levanta toda a sujeira da pista deixando-a ainda mais escorregadia.
Outro problema causado pela chuva é a aquaplanagem e por isso - os dias chuvosos - merecem toda atenção e cuidado do motorista. Da mesma maneira, a neblina (que prejudica a visibilidade e também deixa a pista escorregadia) e os fortes ventos laterais podem causa instabilidade no veículo e consequente perda de controle.
As condições estruturais das estradas, ruas e avenidas também podem provocar adversidades difíceis de serem previstas e evitadas. A falta de acostamento, um buraco, defeitos no asfalto sinalização inadequada ou deficiente, excesso de curvas, aclives ou declives são condições adversas que oferecem perigo.
O próprio trânsito lento ou congestionado, o comportamento agressivo de outros motoristas, a movimentação intensa de pedestres, tráfego intenso de veículos pesados, assim como o mau estado de conservação de alguns carros, os equipamentos de segurança de uso obrigatórios inoperantes também causam situações difíceis de serem contornadas e que exigem reflexo, atenção, habilidade e controle dos condutores.
De todas as situações, as condições do motorista são as maiores preocupações. Por conta disso, é preciso observar o estado físico e emocional do condutor. Sono, embriaguez, drogas, cansaço, incapacidade física temporária ou permanente, dor aguda, abalo emocional e outros fatores podem afetar a condução de um veículo.
Fonte: Cruzeiro do Sul | Edileine Ferreira Guimarães
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