Considerados indispensáveis para muitos condutores, os vidros escuros dividem opinião
Proteção, conforto e privacidade. Esses são benefícios apontados por boa parte dos consumidores na hora de optar pelas películas fumês nos vidros dos veículos. Principalmente quando trata-se de mulheres e idosos, perfis considerados mais vulneráveis no inseguro trânsito brasileiro. Apesar do reforço na segurança, o item divide opiniões e ainda tem quem o considere desnecessário ou até tenha repulsão.
Em primeiro lugar é bom ficar por dentro dos limites permitido por lei. O Conselho Nacional de Trânsito (Conatran) estabeleceu em 2007 algumas regras para aplicar o filme. Pela lei, os vidros da frente devem ter pelo menos 75% da entrada de luz, enquanto os vidros laterais dianteiros são 70%. Para os vidros traseiros (laterais e de trás), a película pode ficar mais escura e deve manter a transparência em no mínimo 28%.
Médico Paulo Galvão considera que película pode atrapalhar na visão |
No entanto, muitos condutores não seguem à risca o código e acabam infrigindo a lei. Só em 2012, por exemplo, 215 casos deste tipo de infração foram registrados em Pernambuco. Além disso, os motoristas que exageram na escuridão correm sérios riscos de acidentes nas estradas, por falta de visibilidade. Vale lembrar que as películas reflexivas e degradês são proibidas e em nenhum caso podem ser usadas.
“Não gosto porque é muito escuro, tenho a sensação de claustrofobia. Além de atrapalhar a visão no trânsito, principalmente à noite. Sou contra o uso”, justifica o médico Paulo Galvão, 39 anos.
Maria Victória Morais sente-se mais segura com o fumê nos vidros do carro |
Por outro lado, quem defende explica a necessidade de se proteger. “Sou a favor do uso, porque ando muito sozinha, principalmente à noite. Mas, é preciso observar a medida correta, pois a concessionária errou na hora de colocar a película no meu carro e ficou mais escuro do que o combinado”, explica a estudante Maria Victória Morais, 21.
Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), as fiscalizações realizadas nas blitzes do radar eletrônico, inclui a inspeção do limite da película de proteção dos veículos.
Equipadoras
As empresas responsáveis por este tipo de serviço devem explicar os riscos que o escurecimento excessivo nos vidros dos automóveis pode causar. Mas, nem sempre isto é levado a sério. “Quando o cliente chega, nós informamos os riscos e os limites permitidos, tudo dentro do nosso jeito de interpretação, mas nem sempre eles estão interessados nisso”, afirma o gerente da Carlos Equipadora, Ednaldo Texeira.
Confira os cuidados que você deve ter com as películas:
O movimento para aplicação de películas é grande nas equipadoras. Só esta loja atende uma média de 12 a 14 carros por dia e o custo varia entre R$ 70 e R$ 180, dependendo do veículo. Na maioria das vezes, os clientes pedem as mais escuras. “Junto ao cupom fiscal acrescentamos uma observação informando que é de total responsabilidade do usuário os riscos com a película”, enfatiza.
Saiba mais...
Código de Trânsito Brasileiro
Art. 230. Conduzir o veículo:
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas;
Infração – grave
Penalidade - multa;
R$ 127,69 - perde 5 pontos na carteira de habilitação
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização
Fonte: Palloma Viana - Diario de Pernambuco
Att.
Patricia Campos
Tel: (31) 3463-2838 / 9675-5477
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