Os golpes envolvendo seguros - de vida, residencial ou de veículos - cresceram 43,2% entre 2008 e 2009. A Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão público responsável pela fiscalização e controle do setor, recebeu 1.832 denúncias de vítimas de falsos corretores no ano passado.
O Estado de São Paulo responde por 50% desse fluxo de golpes e denúncias, segundo o Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP). A alta dos golpes fica evidenciada também pelo número de corretores com registro cassado, que subiu de 31 em 2008 para 42 no ano passado no Estado. "Esse é um número baixo se comparado à base de 28 mil corretores que existem no Estado, mas alto se comparado à média de uma ou duas cassações por ano, que tínhamos até 2000", diz Leôncio de Arruda, presidente do Sincor-SP.
Segundo Arruda, em geral os golpistas têm conhecimento do mercado. "São ex-funcionários de seguradoras e pessoas ligadas ao mercado, que sabem qual é a abordagem com o cliente", afirma. O elemento comum a todos os golpes são sempre as vantagens oferecidas à vítima. Saldos a receber, prêmios especiais e preços muito abaixo dos praticados no mercado são as principais características das fraudes com seguros.
A coordenadora de atendimento da Susep, Glória Barbosa da Silva, diz que o golpe mais aplicado é aquele em que falsos corretores ligam para as vítimas e dizem que elas têm algum valor a receber da seguradora, mas que, para isso, precisam fazer um depósito para a suposta seguradora. "As principais vítimas são aposentados e pessoas idosas, que são mais crédulas", diz. Viúvas e pessoas com menos experiência em seguros também são alvos preferenciais dos golpistas.
Fiscalização
O combate à fraude é dificultado porque os golpistas são cautelosos. "É muito difícil provar esse tipo de golpe, porque os fraudadores tomam precauções para não serem rastreados, só usam celular e e-mails como forma de comunicação", diz Danilo Sobreira, assistente da diretoria da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados (Fenacor).
A principal arma do consumidor é a informação. "Quando alguém oferecer um seguro com descontos acima de 40% do valor do mercado, desconfie", recomenda Arruda. Outra dica que ele dá é em relação à abordagem do golpista. "Se alguém diz que é corretor de determinada seguradora já é golpe, porque o corretor não pode ser vinculado a uma seguradora." As informações são do Jornal da Tarde.
Comentário Patricia Campos:
Todo Corretor de Seguros, habilitado pela Susep, possui uma Carteira Profissional com número de registro expedida pela mesma.
Para se prevenir de golpes, ou da contratação de coberturas que não condizem com as necessidades do segurado, o caminho é exigir a apresentação da Carteira da Susep do Corretor de Seguros e conferir a situação de seu registro no link
http://www.fenacor.com.br/scripts/cic_nome.dll?SEGURANCA=0000&PROC=NACIONAL.
Att.
Patricia Campos
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