Em 2014, a Copa do Mundo. Dois anos depois, os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Se ficássemos apenas com toda a infraestrutura necessária para realização dos maiores eventos esportivos do planeta, que serão realizados ambos no Brasil, o seguro garantia já ganharia o status de bola da vez do mercado de seguros nacional.
Essa foi uma das conclusões sugeridas no Fórum Internacional de Jornalistas de Seguros, realizado dia 22 de junho, em São Paulo. Na ocasião, o superintendente de Produtos Financeiros e Responsabilidade Civil da Allianz Seguros, Edson Toguchi, apresentou os excelentes resultados da carteira e as perspectivas ainda mais otimistas para os próximos anos.
Nesse contexto, a modalidade de seguro garantia que é mais aplicável é a Garantia do Executante, contratada entre o construtor/fornecedor e prestador de serviço para execução da obra nos moldes e prazos previamente estipulados.
“As 22 seguradoras e 18 resseguradoras que atuam no setor têm condições de assegurar a realização das obras para a Copa e Olimpíada”, afirma Toguchi.
Segundo o executivo, as companhias que atuam no setor devem registrar um recorde no total de prêmios pagos em seguro garantia já no final de 2010. A expectativa é que o mercado fature até R$ 900 milhões. No ano passado, de acordo com a Susep, as receitas foram de R$ 696 milhões.
Com a proximidade dos grandes eventos esportivos, a expectativa é que o ramo cresça de forma exponencial, por conta de fatores como a abertura do mercado de resseguro, aumento da capacidade local, especialização do mercado, redução da oferta da fiança bancária, entre outros.
Além disso, as obras de infraestrutura que impulsionam a expansão do seguro garantia incluem PAC 1 e PAC2, o trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo, bem como todos os contratos que envolvem obras e construções nos setores Energia e Transportes.
“Já estamos negociando o seguro garantia para a reforma de estádios, ampliação e construção de aeroportos e projetos de transportes”, afirmou Toguchi. Segundo ele, também a Allianz vem registrando crescimento acima da média. No ano passado, enquanto o mercado cresceu 40%, a seguradora obteve um aumento de 73%.
A superintendente de Riscos Financeiros da Munich Re do Brasil, Tania Amaral, confirmou o potencial de crescimento do seguro garantia no país. “Estamos ainda abaixo da média da América Latina, que alcança 0,5% do PIB com os resultados da carteira. No Brasil, representa apenas 0,03% do PIB”.
A executiva destacou também que o Brasil tem excelente reputação junto aos resseguradores internacionais, pois o ramo apresenta sinistralidade de somente 19%, o que é um excelente indicador.
*Responsabilidade Civil *Equipamentos *Automóvel
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