Para a Cebrasse, problema é grave para o setor, pois a atividade tem seu maior insumo em mão de obra empregada
Os empresários do setor de serviços estão mais preocupados com a retenção e a manutenção de profissionais qualificados. É o que aponta um estudo realizado pela Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços).
De acordo com a pesquisa, esse fator, em março, estava em último lugar entre os seis maiores desafios na gestão do negócio, com 27% de indicação. Já em julho, essa questão aparece em segundo lugar, com 52% de indicação, perdendo apenas para a manutenção dos preços competitivos (57%).
Na análise de influências externas, encontrar pessoas qualificadas também está em segundo lugar no ranking, com quase 71% de indicação, atrás somente da carga tributária (86%). Em março, a porcentagem era 30%.
Problema
O presidente da entidade, Paulo Lofreta, afirmou que o problema é grave para o setor, pois a atividade tem seu maior insumo em mão de obra empregada.
“O apagão da mão de obra, recentemente alardeado, afeta de forma preocupante os prestadores, notadamente os de serviços terceirizados e de mão de obra intensiva, área de atuação de 82% dos entrevistados”, disse.
Impacto nos negócios
A maioria das empresas disse ainda que a indisponibilidade de profissionais bem preparados impacta seus segmentos em maior ou menor intensidade: altamente, para 55%, e altissimamente, com 18%.
Já 6,8% disseram que reflete pouco no desempenho dos negócios, enquanto 20,5% afirmaram serem medianos os impactos.
Por região
Na análise por região, das empresas que apontam alto reflexo do problema no desempenho de suas empresas, 60% estão no Centro-Oeste e no Sul do País. Quase 18% que declaram altíssimo impacto estão no Norte e Nordeste.
No Distrito Federal, todos os entrevistados deixam de apontar o nível máximo de impacto. Nessa região, outros 67% creem no alto impacto e 17% calculam níveis médio e pequeno.
No Sudeste, onde se concentra o maior número dos entrevistados, 51,5% dos empresários preveem alto impacto da escassez de profissionais na performance dos negócios. Cerca de 9% indicam pequeno impacto. No Sul, as empresas são as que mais pontuam alto impacto (59%) e, consequentemente, menor impacto (6%).
Fonte: Karla Santana Mamona, InfoMoney
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