A explosão da plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México e conseqüente vazamento de óleo, que já é considerado o maior e mais devastador já visto, desestabilizou o mercado de seguros conhecido como “energy”, que envolve plataformas de petróleo. Segundo recente estudo da corretora Willis, as taxas de seguros aumentaram, alguns players estão deixando o mercado e a oferta de capacidade começa a ficar restrita, principalmente para perfuração.
Este cenário já dificulta a rotina de seguros da Petrobrás, que vinha obtendo com certa facilidade vários contratos para garantir o volumoso plano de investimentos, incluindo a exploração do pré-sal, comentam executivos do setor no Brasil, Alemanha e Suíça.
Segundo o último Willis Energy Market Review Newsletter, divulgado na semana passada, a desestabilização ocorreu com a perda de US$ 785 milhões, sendo US$ 560 milhões da plataforma da BP no Golfo. Também houve outros prejuízos, como US$ 235 milhões da Perarl Aban, plataforma na costa da Venezuela e o recente anúncio da Apache Corp, com sede em Houston, de uma perda inesperada de US$ 150 milhões ainda com o furacão Ike, que devastou o Golfo em 2008. Ainda é preciso contabilizar outros milhões de dólares para remover os destroços da Deepwater Horizon do fundo do mar.
A estimativa de perdas com a Deepwater Horizon fica entre US$ 20 bilhões a US $ 30 bilhões, mas a indústria de seguros estima perdas de US$ 1,2 bilhão, sendo o restante considerado um auto seguro da operadora da plataforma. "A tragédia da perda Horizon Deepwater, potencialmente o maior da história do mercado de plataformas, trouxe sério choque para o mercado, alterando substancialmente o ambiente de negócios", comentou Alistair Rivers, CEO da Willis Energia.
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