domingo, 26 de maio de 2013

Seguradora negocia alteração em apólice

Seguradora negocia alteração em apólice para grandes obras


As empresas de seguro querem impulsionar os prêmios apurados com apólices para grandes obras, produto conhecido como seguro garantia. E para isso, a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) negocia com o governo uma mudança na regulamentação deste seguro. A ideia é aumentar o teto do valor de cobertura, atualmente em 10% do valor total da obra, para 30%.

Com a medida, as seguradoras esperam provocar um aumento da demanda pelo produto. “É muito comum que o valor coberto pela seguradora, por conta dessa limitação, não seja suficiente para compensar o prejuízo causado por um sinistro”, explica Marco Antonio Rossi, que ontem assumiu a presidência da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização e também é presidente da Bradesco Seguros.

Segundo Solange Beatriz Pinheiro Mendes, diretora executiva da CNseg, a cobertura pode chegar até a 45% do valor da obra em alguns casos, mas ainda não há uma definição sobre em quais obras ou setores se aplicariam essa maior cobertura. “No ano passado, as seguradoras apuraram R$ 1 bilhão em prêmios com o seguro garantia. A expectativa é que este número chegue a R$ 3 bilhões, somente com a atual demanda do mercado”, afirma Solange.

Uma das reuniões com representantes do Ministério da Fazenda para discutir o assunto foi realizada ontem, em Brasília. Segundo a diretora da CNseg, algumas empresas de seguros e resseguros participaram do encontro, como Alexandre Malucelli, presidente do grupo J. Malucelli, e também representantes da Allianz.

As regras para a atuação de resseguradoras estrangeiras no País, que atualmente são limitadas, não entram nessa discussão do seguro garantia, segundo Rossi. Mas ele afirma que é possível discutir o assunto. “Temos que levar em consideração que vivemos décadas com o mercado voltado somente para uma empresa. E só há três anos houve a abertura. É natural que haja ajustes neste processo”, diz.

No entanto, não é só sobre o seguro garantia que a CNseg pretende conversar com o governo e com a Superintendência de Seguros Privados (Susep). Segundo o novo presidente da CNseg, uma das prioridades da confederação é promover a massificação do seguro no Brasil e, para isso, ele tem algumas propostas. “Queremos, por exemplo, flexibilizar a regra que não permite pagamento de indenização em seguros de automóveis para uso de peças não originais. Isso encarece bastante o produto para carros mais antigos, e se houver uma mudança, o preço cairia bastante”.

Rossi admite também que a medida ajudaria a combater a atuação das cooperativas que atuam ilegalmente como seguradoras, e que buscam exatamente os proprietários destes veículos mais antigos para vender seus produtos. “Acredito que, se houver a possibilidade de adquirir um produto que lhe dê mais segurança, o dono do carro vai preferir fechar com uma seguradora legalizada. É uma questão de termos o produto em um preço acessível para que possamos chegar até ele”, afirma.

Outra proposta que vem sendo preparada para ser apresentada ao governo é a revisão da regra para aplicação das reservas financeiras das seguradoras. Atualmente, as seguradoras aplicam a maior parte de seus recursos em títulos públicos, por determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN). “Acreditamos que deva haver uma flexibilização destas regras. A queda dos juros traz uma nova realidade para toda a economia, e não é diferente para o segmento de seguros. Ainda não está pronta a proposta, mas estamos trabalhando nela”, revela Rossi.

Ele acredita, inclusive, que é viável para as seguradoras realizarem financiamentos de longo prazo para empresas, especialmente voltados para grandes obras. Rossi ressalta que seria preciso avaliar bem este tipo de operação e talvez até determinar quais setores poderiam recorrer a esse tipo de crédito, mas cita o exemplo de outros países, como Chile e Japão, onde esse tipo de sistema funciona bem.


Rossi lembra que o setor de seguros no Brasil já atingiu o patamar de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) e que isso deve também atrair cada vez mais as seguradoras estrangeiras ao País. “Temos um mercado grande, com um potencial de crescimento muito forte. É claro que isso vai atrair novos concorrentes, e este cenário é sempre positivo”.

Fonte: DCI

Att.

Patricia Campos

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