Apesar do ambiente seguro que a maior parte das
escolas particulares oferece, acidentes sempre são passíveis de acontecer. Além
disso, ainda existe o risco de perda de renda do responsável financeiro pelo
estudante ou algum erro ou omissão do estabelecimento de ensino. Para todas
estas possibilidades, existe o seguro contratado pelas instituições de ensino
para garantir a tranquilidade dos pais durante os ciclos pedagógicos.
As escolas estão mudando sua maneira de
enxergar os alunos. Hoje elas se preocupam com a sua saúde e o seu bem-estar.
Elas têm consciência de que são parceiras dos pais na criação dos filhos e, por
isso, sua responsabilidade está ampliada. Elas estão muito preocupadas com a
segurança das crianças e a maioria delas conta com sistema de circuito interno
de TV, seguranças na porta para receber os alunos e produtos de seguro.
Há algumas linhas de produtos que são mais
comumente contratadas por estes estabelecimentos. O seguro de vida para os
funcionários é de contratação obrigatória e está garantido na convenção
coletiva dos trabalhadores deste tipo de serviço.
Na modalidade de acidentes pessoais, o seguro
pode garantir qualquer acidente que os alunos venham a sofrer dentro ou fora do
local.
De acordo com Paulo Sonagere, diretor comercial
da KlimaCorretora de Seguros,a proteção vai além do ambiente escolar e cobre
qualquer tipo de evento, em qualquer local. “Normalmente é feita uma
contratação e cobertura de R$ 10 mil a R$ 15 mil por evento, o que é suficiente
para prestar os primeiros socorros em local determinado pelos pais do aluno”,
informa.
Segundo Sonagere, as escolas de altíssimo nível
não contratam este seguro porque preferem bancar o risco. Já as escolas em
nível médio contratam como forma de mostrar aos seus clientes (pais) sua
preocupação com os alunos e a garantia de que o estudante será atendido em
qualquer emergência. “É um seguro para qualquer acidente, dentro ou fora da
escola, e cobre despesas médicas, hospitalares e odontológicas”, explica.
“Levamos ao hospital que o pai escolher. Se a seguradora tiver convênio com o
hospital, a escola não precisará desembolsar nenhum valor, sendo necessário
apenas comunicar ao 0800 da seguradora”, complementa.[1]
Neste produto há uma série de coberturas
acessórias, como o serviço de assistência para a criança que não pode frequentar
as aulas, transporte, professor particular etc.
Este é um produto muito bem aceito pelas
escolas. A Klima tem 1,3 mil escolas seguradas em vida e 260 com AP Escolar,
pois ela atende aos associados do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do
Estado de São Paulo. Neste universo há escolas pequenas e médias, da educação
infantil até universidades.
Para saber se a escola possui este tipo de
seguro os pais devem conversar com a direção.
Renata Ferraz, diretora comercial da MetLife,
explica que o prêmio médio do produto de AP Escolar é de R$1,50 a R$ 3 por
aluno. “Percebemos que hoje as escolas têm uma preocupação social maior”. Essa
carteira teve crescimento de 25% dentro da seguradora em 2012 e as perspectivas
continuam positivas para 2013. A maior procura é de escolas de ensino
fundamental.
Contra inadimplência
O seguro educacional pode ser um excelente
investimento para as instituições de ensino garantirem o sossego dos
responsáveis financeiros pelos alunos em caso de perda de renda temporária. Ele
cobre eventos como morte ou perda de emprego, com garantia de pagamento de três
a cinco mensalidades para a escola. De acordo com dados da Fenaprevi, no
acumulado no mês de abril de 2013, este produto sofreu retração em relação ao
mesmo período de 2012. Foram arrecadados R$ 1,8 milhão em 2103, frente a R$ 2,1
milhões no mesmo período do ano anterior, com retração de 10,86%.
Este produto é contratado pela escola e não
pode ter seu custo repassado para o aluno, em sua modalidade compulsória. O
custo por aluno não chega a R$ 5, pois a escola contrata para todos os seus
alunos. Em sua modalidade facultativa, quando é transferido o custo para o
responsável financeiro, ele sobe para cerca de R$15 aR$ 20, pois fica a critério
de cada aluno a contratação.
Ocorretor de seguros reiteraque as escolas
devem enxergar este produto como um investimento. Ele afirma que boa parte delas
poderia utilizar o seguro como forma de diferenciação entre os concorrentes: “se
o pai fica na dúvida entre duas escolas com perfil pedagógico semelhante,
certamente irá optar por aquela que se preocupa com o estudante”.
Sergio Wagner Barbosa, diretor de negócios da
área de Riscos de Pessoas da Mapfre, conta que esta modalidade evoluiu muito
como proteção enquanto o aluno estiverem idade escolar. Otempo de contratação
varia de acordo com o período educacional oferecido pela instituição, a partir
de seis meses. “A sinistralidade é baixa, não chegando a 2% de frequência”,
avalia.
Ele explica que no ensino fundamental a
frequência é um pouco maior, mas os valores envolvidos são baixos. “No ensino
fundamental há grande preocupação com a integridade física do aluno. Nos
períodos mais avançados, a preocupação maior é com a possibilidade de perda de
renda do responsável”.
Fonte: Kelly Lubiato - R e v i s t a A p ó l i c e
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