O Brasil já garantiu um seguro para a realização do Mundial de Futebol em 2014. Sequestros, alterações climáticas ou atentados terroristas estão cobertos pela apólice.
A notícia é avançada pelo Brasil Económico que dá conta que a Fifa já contratou a reseguradora alemã Munich Re para cobrir o evento. Devido a cláusulas de confidencialidade, porém, a companhia não pode dar detalhes sobre o contrato.
A apólice cobre os custos, despesas e a perda de lucro caso um evento seja cancelado ou adiado por motivos que fujam ao controlo dos organizadores, como alterações climáticas ou atentados terroristas.
No leque de seguros de eventos como o Mundial ou os Jogos Olímpicos, a apólice de cancelamento de eventos é a mais cara, segundo Warren Harper, director geral da Marsh Atlanta, especialista em riscos e seguros de eventos desportivos.
Isto porque o cancelamento ou adiamento de um jogo gera um efeito cascata de despesas, desde a organização do evento até às emissoras de televisão que compraram direitos de transmissão.
O segundo seguro mais caro é o de responsabilidade civil, já que esses eventos concentram muitas pessoas num mesmo local ao mesmo tempo.
Além das coberturas de cancelamento e responsabilidade civil, são contratadas várias outras apólices, como de responsabilidade civil de administradores (D&O), patrimonial, seguro de equipamentos e de transportes.
"Essas são as coberturas de praxe", comenta Mauro Leite, líder da Especialidade de Responsabilidade Civil e Ambiental da Marsh Brasil.
Há, no entanto, coberturas adicionais que podem ser contratadas de acordo com as necessidades locais do evento desportivo. Uma delas é a de sequestro.
"É importante que a gestão de riscos e o programa de seguros comece a ser discutido quatro ou cinco anos antes do evento", alerta Harper, da Marsh Atlanta, que participou no programa de gestão de riscos dos Jogos de Atenas (2004), Torino (2006) e Pequim (2008).
Os seguros são contratados pelos agentes organizadores e participantes dos eventos: organizações desportivas como a Fifa, comités organizadores locais, emissoras de TV, patrocinadores, companhias de viagens, hotéis, entre outros. Segundo a Munich Re, o último Mundial de Futebol implicou apólices no valor de 5 mil milhões de dólares.
Fonte: Económico
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