Faminiano Araújo Machado prestou depoimento por cinco horas na Comissão Investigadora do Crime Organizado.
Durante cinco horas de depoimento, o ex-presidente da seccional de Parnaíba da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB -, Faminiano Araújo Machado, negou participação no golpe do Seguro Obrigatório de Veículos Automotores de Vias Terrestres - DPVAT. O advogado foi ouvido na Comissão Investigadora do Crime Organizado nesta segunda-feira (20).
O depoimento começou por volta de 8h30min e terminou às 13h30. Faminiano foi acompanhado por um promotor de Justiça, Lúcio Tardeu Ribeiro, representando a OAB Piauí, e Joaquim Magalhães, advogado de defesa. O acusado foi preso na sexta-feira em Cruz/CE, depois de passar dois meses foragido. Ele pediu afastamento do comando da OAB de Parnaíba assim que surgiram notícias de fraudes no DPVAT, FGTS e INSS. O rombo seria de R$ 13,5 milhões, e outras duas pessoas foram detidas.
Uma das suspeitas que recaem sobre Faminiano diz respeito Jean da Conceição, morto no primeiro semestre depois de depor na polícia sobre o golpe. Ele teria se casado com uma ex-namorada do advogado, e conseguido uma certidão de nascimento falsa, com outro nome, usado para forjar sua morte perante a Justiça e assim obter o seguro.
Faminiano disse ter sido procurado por Jean para entrar com ação de justificação na Justiça para obter segunda via da certidão de nascimento. O advogado também explicou ter sido testemunha do casamento da vítima com sua ex-namorada porque trabalhava na comarca de Luís Correia em 2008 e estava na cerimônia comunitária, quando foi chamado para participar. Ele afirmou ter estranhado o convite, mas no momento achou ter sido coincidência.
O advogado Joaquim Magalhães ainda informou que o indiciamento de Faminiano Machado se refere ao caso do seguro DPVAT e o saque de R$ 13,5 mil que Jean conseguiu de benefício da sua avó, dinheiro que teria sido liberado por conta de certidão falsa, que transformou o neto em filho. De acordo com Magalhães, Faminiano apenas exerceu seu trabalho de advogado neste caso, e não foi indiciado por conta do homicídio.
Por ter curso superior, o advogado foi preso em cela especial no quartel do comando geral da Polícia Militar.
Fonte: Cidade Verde
Att.
Patricia Campos
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